Invasões de espécies exóticas – plantas, animais e microrganismos – trazem uma significante ameaça aos ecossistemas. De acordo com a Convenção sobre Diversidade Biológica – CDB, “espécie exótica” é toda espécie que se encontra fora de sua área de distribuição natural. “Espécie Exótica Invasora”, por sua vez, é definida como sendo aquela que ameaça ecossistemas, hábitats ou espécies. Estas espécies, por suas vantagens competitivas e favorecidas pela ausência de inimigos naturais, têm capacidade de se proliferar e invadir ecossistemas, sejam eles naturais ou antropizados.
Um primeiro passo importante para conter infestações de plantas exóticas é identificar e mapear sua localização. Esses dados cartográficos assumem um papel importante na tomada de decisão por parte de gestores ambientais, auxiliando as ações de mitigação, estratégias de remoção e recuperação de áreas afetadas.
Sensoriamento remoto pode ser definido como um conjunto de técnicas que possibilita a obtenção de informações sobre alvos na superfície terrestre, através do registro da interação da radiação eletromagnética com a superfície, realizado por sensores remotos. Sensores presentes em plataformas orbitais apresentam a possibilidade de amostragem de extensas e contínuas porções da superfícies.

A utilização do sensoriamento remoto para a analise da vegetação possibilita extrair informações sobre a distribuição de diferentes tipos de vegetação. A interação característica da vegetação é diferente para as distintas faixas do espectro eletromagnético, fazendo com que a reflectância tenha grande variação para diferentes comprimentos de onda, permitindo que informações sobre as propriedades da vegetação possam ser detectadas.
Para a extração dessas informações é utilizado o processamento digital de imagens. A função primordial do processamento digital é fornecer ferramentas para facilitar a identificação e a extração das informações contidas nas imagens, para posterior interpretação. Um segmento importante do processamento digital de imagens consiste na execução de operações matemáticas dos dados, visando as suas transformações em imagens de melhores qualidades espectrais e espaciais e que sejam mais apropriadas para uma determinada aplicação.

Como vimos a utilização do sensoriamento remoto no estudo de espécies invasoras é muito promissor. A correta utilização dessas técnicas podem oferecer importantes informações sobre a distribuição espacial e a dinâmica de áreas invadidas, tonando-se assim parte fundamental para o controle de invasões dos ecossistemas.