
Com o avanço tecnológico, a forma como diversas atividades são executadas alterou-se rapidamente. Seja na mineração, engenharia ou agricultura, o quanto antes o empresariado adota novas tecnologias, melhor para maximizar sua produtividade e otimizar seus custos. Muitas vezes a adoção das novas tecnologias vem indiretamente, através de prestadores de serviços. Na busca de economia financeira e de tempo, somada à otimização da qualidade dos serviços, criou-se uma corrida por práticas inovadoras e funcionais. E é justamente neste sentido que se encontram os mais avançados serviços topográficos. Até as últimas décadas, os levantamentos topográficos em campo eram feitos, invariavelmente, por agentes percorrendo fisicamente as áreas a serem medidas. Num segundo momento, surgiram as estações totais, que traziam um pouco mais de agilidade aos cálculos de altimetria e distribuição espacial. Na marcha evolutiva da tecnologia houve uma redução de custo do GPS, permitindo assim o grande acesso à ferramenta e desenvolvimentos de múltiplas aplicabilidades. A democratização do GPS revolucionou a precisão e a facilidade das valorações. O GPS foi rapidamente adotado na agricultura, engenharia, mineração e praticamente todos setores que operam ao céu aberto.
Nos últimos anos, os mais novos protagonistas de mudanças são os veículos aéreos não tripulados (VANTs), também conhecidos como drones. Suas principais vantagens podem ser listadas facilmente:
a) drones não precisam de pilotos;
b) VANTs atuam em maior proximidade da área ser examinada;
c) drones fornecem imagens com qualidade muito superior às dos melhores satélites;
d) VANTs acessam áreas de alto grau de dificuldade para o ingressos humano;
e) o custo de voo dos drones, leves e movidos à eletricidade, é apenas uma fração do voo de aeronaves tripuladas;
Os VANTs conseguem fazer levantamentos planialtimétricos em grandes áreas em tempo (20 vezes) e custo (75%) inferiores ao que é possível para equipes que se deslocam de maneira convencional. É claro que, por se tratar de um serviço complexo, o levantamento não se resume ao registro fotográfico. No campo também é utilizado um GPS geodésico (i.e. de alta precisão) para determinar alguns pontos da área sobrevoada. E em um segundo momento, já no escritório, etapas de processamento das muitas imagens são conduzidas:
a) ortorretificação – geração de um ortomosaico;
b) elaboração de modelo 3D do terrenos e das superfícies;
c) análise dos critérios requeridos através de algoritmos específicos e desenvolvidos para fins topográficos;
d) estabelecimento de um Modelo Digital do Terreno (MDT) e depois de um Modelo Digital de Superfície (MDS);
e) criação de um mapa com curvas de nível e demais detalhes topográficos.
Apesar das múltiplas etapas, todo o processo leva uma fração da metodologia topográfica convencional. Em suma, são muitas as vantagens advindas da tecnologia. A busca por excelência é contínua e, neste caso, nem o céu é o limite.