
A atual pandemia da COVID-19 trouxe grandes desafios para diversos setores econômicos em todo o planeta, e forçou-os a modificar muitas das suas práticas corporativas para se adaptarem à nova realidade. O setor elétrico não foi exceção. Mas você já sabe quais foram os principais impactos que a crise sanitária teve nessa indústria?
Segundo um estudo recente realizado pela Agência Internacional de Energia (IEA), os países em isolamento social durante a crise sanitária sofreram, em média, uma redução de 25% da demanda de energia, desestabilizando dessa forma a indústria. Estima-se que, no Brasil, a perda no setor tenha sido de, pelo menos, R$6 bilhões.
Confira abaixo o gráfico referente ao consumo de energia nos estados brasileiros comparando janeiro de 2020 com o mesmo mês de 2021: (FONTE: CCEE)

Gráfico referente ao consumo de energia nos estados brasileiros
Principais impactos no setor elétrico
Um dos principais impactos que o setor elétrico enfrentou desde o começo da pandemia foi a diminuição radical do consumo geral da energia, devido à estagnação que muitas empresas e indústrias sofreram (e continuam sofrendo) ao longo dessa crise. Muitas empresas, que permaneceram inativas, deixaram de demandar eletricidade, e as indústrias, em sua maioria fechadas ou operando em regimes limitados, reduziram significativamente o seu consumo.
Contudo, as medidas de isolamento obrigatório não afetam igualmente todos os setores demandantes de eletricidade. Por exemplo, o setor residencial aumentou sua demanda significativamente, em comparação com outros setores. Este aumento deve-se tanto ao aumento do trabalho e estudo em casa, quanto ao uso mais intensivo de dispositivos em lares durante todo o dia.

O setor elétrico brasileiro e os impactos da pandemia
Por outro lado, as cadeias de abastecimento no setor de energia também foram afetadas. A fabricação da maioria dos equipamentos do setor está diminuindo drasticamente. E além disso, restrições de viagens locais e internacionais, exigências de protocolos de quarentena e paralisações levaram a atrasos em projetos de energia e ao aumento dos custos de construção para tais projetos.
Desafios do setor na pandemia
A execução de atividades de campo no setor, como a inspeção de linhas de transmissão, por exemplo, foi um dos maiores desafios decorrentes da situação atual da covid devido às restrições locais, como é o caso do transporte entre algumas cidades, que pode acarretar na demora do restabelecimento do fornecimento de energia. Esse tipo de trabalho tem sido realizado por funcionários de forma manual, na maioria dos casos, o que incrementa as dificuldades no processo.
Para minimizar os impactos da Covid-19 nessas atividades, algumas ações específicas à operação e manutenção (O&M) de linhas de transmissão foram tomadas: profissionais do setor administrativo e suporte técnico trabalham em regime de home office, as equipes de manutenção atuam somente nas intervenções de urgência e emergência e as obras que estavam em execução foram paralisadas inicialmente e estão sendo retomadas com a adoção de normas mais rigorosas conforme as diretrizes de cada município.
E por fim, outro dos impactos da crise foi a enorme queda na arrecadação financeira das empresas distribuidoras de energia, assim como a maior negociação de contratos, causando instabilidade nos projetos para o ano de 2020.
Necessidades do setor elétrico
Entre os diversos desafios evidenciados com a crise, encontra-se a necessidade de acelerar a digitalização e transformação dos processos de produção, bem como de adotar tendências tecnológicas tais como o Big Data, Inteligência Artificial, Internet das Coisas, entre outras. E levando isso em conta, é possível afirmar que tem se tornado mais urgente do que nunca, no contexto atual, a gestão eficiente dos recursos à distância e — no caso do setor elétrico—, a gestão inteligente das operações energéticas, gerando, transportando e distribuindo energia cada vez mais limpa, com maior estabilidade e com maior alcance.

O setor elétrico brasileiro e os impactos da pandemia
Durante a crise sanitária, a indústria elétrica demonstrou que é um dos atores fundamentais para o suporte de setores-chave como as telecomunicações, saúde, educação, entre outros, deixando em evidência dessa forma a relevância da inovação no fornecimento de energia elétrica. Por isso, o setor precisa estabelecer mecanismos mais eficientes de tomada de decisões em tempo real, além de trabalhar na organização de formas mais inteligentes e eficazes de inspeção e manutenção de sistemas de transmissão de energia, com o fim de se preparar para lidar com falhas eventuais e evitar possíveis danos no fornecimento regular de energia para a população.
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