
Inventário Florestal é o procedimento utilizado para se obter informações sobre as características quantitativas e qualitativas das florestas. Desde que bem feito, as informações possíveis de serem obtidas a partir deste procedimento são:
– Estimativa de área;
– Descrição da topografia;
– Mapeamento da propriedade;
– Descrição dos acessos;
– Estimativa de crescimento (se for feito de maneira contínua);
– Estimativa de quantidade de madeira.
Para que se realize um inventário é necessária, antes de tudo, a obtenção dos dados em campo. Para tanto, é possível que se utilize o censo (onde todos os indivíduos da população são observados e medidos) ou a amostragem (onde observa-se parte da população e, então, obtém-se uma estimativa de seus parâmetros). Em qualquer um dos casos é necessária a etapa posterior ao campo, que é a do processamento dos dados/medições coletadas, para que se obtenham os resultados desejados.
Quando se utiliza o procedimento por amostragem, sabe-se que nos resultados está embutido um possível erro, uma vez que a realidade da amostra medida pode refletir os números da população toda. Por outro lado, quando se escolhe a realização do censo, sabe-se que um tempo bem maior de campo será necessário para que seja possível a coleta de todos os dados. Em ambos os casos, o tempo de análise dos dados será também grande, para que todos os números sejam digitados, processados e, então, esta análise produzirá os resultados.
Quando se fala em VANTs/drones para levantar tais dados, pode se falar, da mesma forma, na rapidez e qualidade desse tipo de serviço. Além disso, um único sobrevoo em determinada área e, o subsequente processamento das imagens levantadas, pode fornecer quase todas as informações possíveis de serem obtidas (estimativa da área, topografia, mapeamento da propriedade e dos acessos). Para as demais informações (estimativa de crescimento e de volume de madeira), outros sobrevoos subsequentes e um processamento um pouco mais detalhado são suficientes.
É imprescindível citar que as imagens de alta resolução obtidas por meio de drones e seu posterior processamento com algoritmos específicos permitem a contagem total dos indivíduos em campo, possibilitando a realização do censo e, assim, eliminando os possíveis erros embutidos na contagem por amostragem. O índice de assertividade chega a 95% e esta se torna uma ferramenta de grande utilidade para a determinação, por exemplo, do índice de sobrevivência do plantio, tornando possível a tomada de decisão importante sobre como manejar a floresta.
Ou seja, uma atividade que, feita em solo requer bastante investimento em tempo e equipe, pode ser bastante simplificada (não em seus resultados, mas sim em sua realização) se feita de maneira remota, utilizando a tecnologia dos drones para captar imagens e a expertise em processamento para transformar a imagem em dados importantes para toda a condução, manejo e estimativa de produtividade da floresta.
Já que no setor florestal a busca por informações deve sempre estar embasada em métodos e procedimentos que possibilitem alta precisão, mínimo custo e máxima qualidade da informação, a utilização de VANTs/drones para o levantamento das informações do inventário é perfeitamente viável e justificada. Estes pequenos equipamentos são capazes de levantar grande quantidade de informações relevantes e precisas em pouco tempo, trazendo apenas vantagens.