
Quem precisa fazer a operação do sistema elétrico de forma dinâmica encontra diversas dificuldades. O setor de transmissão de energia elétrica exige coordenação de ações em tempo real entre empresas e usinas para conseguir com que a energia chegue com qualidade nos lares brasileiros. Para que isso aconteça da melhor forma possível, um planejamento detalhado precisa ser criado com bastante antecedência para que essa expansão de transmissão de energia elétrica aconteça de maneira satisfatória.
Nas últimas décadas o setor alcançou significativos avanços, porém o Brasil segue enfrentando problemas institucionais. Segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), estima-se que 55% das linhas de transmissão em construção estavam atrasadas no ano de 2018. Esse atraso registrado na época não é pequeno porque essa média conta com 311 dias de atraso, ultrapassando dez meses do cronograma original. Isso pode acontecer por diversos problemas e motivos. Confira abaixo!
Complexidade socioambiental e fundiária para a expansão do sistema
No Brasil, a implantação de novos projetos de transmissão de energia tem se tornado cada vez mais complexa em função de aspectos socioambientais e fundiários. Dentre os principais elementos complicadores para a execução das obras estão as crescentes restrições estabelecidas na legislação ambiental, bem como a dinâmica de ocupação do solo e da realização de atividades produtivas.
Essa condição contribui para que as obras recomendadas no planejamento setorial não entrem em operação na data de sua efetiva necessidade, implicando assim em problemas elétricos que podem variar dependendo do propósito das instalações. Este ponto tende tende a se agravar nos próximos anos, conforme o mercado vem estimando.
Impactos das mudanças climáticas
Não há dúvidas que as mudanças climáticas, como a emissão dos gases causadores do efeito estufa (GEE), são um dos grandes vilões do sistema de transmissão de energia no Brasil como um todo. De maneira geral, o clima age de forma negativa e impacta em uma série de variáveis que podem ser prejudiciais à estrutura, como: amplitude das temperaturas regionais, os níveis de radiação solar, a intensidade dos ventos, a densidade do ar, assim como a intensidade e frequência das chuvas, causando assim descargas elétricas desnecessárias em torres de transmissão.
Vale lembrar que essas variáveis podem atenuar significativamente a ampacidade dos cabos condutores das linhas e, consequentemente, a sua capacidade de transmissão também sofre com isso. Dessa forma, o dimensionamento dos equipamentos e das estruturas que compõem o sistema de transmissão de energia no país também pode ser impactado. Certamente, essa condição representa um grande desafio a ser enfrentado, principalmente ao se considerar as crescentes dificuldades para a implantação de novas linhas de transmissão no país.
Presença de Redes Elétricas Inteligentes (REI) e Geração Distribuída (GD) podem ajudar muito no futuro
O conceito de Redes Elétricas Inteligentes (REI) é bastante amplo. Ele costuma englobar diversos recursos como medidores inteligentes, automação de rede, telecomunicação, Geração Distribuída (GD), entre outras tecnologias. Com esses novos avanços tecnológicos, estima-se que o sistema elétrico ganhe alternativas de flexibilidade, tornando-se mais dinâmico que o atual cenário.
Cada dia que passa é fundamental para que o tema seja internalizado nos estudos de planejamento de empresas brasileiras, fato que hoje representa um enorme desafio para a categoria. Historicamente, a rede de média/baixa tensão tem sido caracterizada pela incidência de fluxos elétricos unidirecionais das subestações de fronteira em direção às cargas. Agora, com as inúmeras possibilidades de constituição topológica da rede de distribuição aliada à GD e às cargas disruptivas, essas instalações poderão se tornar fontes de energia para o sistema de transmissão durante grandes intervalos de tempo.
Envelhecimento do sistema de transmissão de energia elétrica
Atualmente, o sistema de transmissão de energia brasileiro é composto por diversas instalações que se encontram envelhecidas. Ao passar dos anos, esse cenário se tornará mais crítico no futuro, já que equipamentos mais antigos permanecerão em operação e talvez sua manutenção não esteja em dia.
O envelhecimento deste sistema é potencializado pela inserção massiva de fontes renováveis intermitentes na rede, que implica em ciclos de carregamento e operação distintos ainda mais severos quando comparados aos tradicionais projetos originais desses equipamentos. Um grande desafio enfrentado nas próximas décadas consistirá na substituição da infraestrutura do sistema elétrico como um todo, na medida que for envelhecendo.
A malha de transmissão deve ser constantemente monitorada e ter seus recursos otimizados para que os níveis de confiabilidade, assim como também os de qualidade, exigidos pela sociedade se mantenham. Porém este tipo de serviço pode ser bastante complicado de se fazer manualmente. Estes tipos de cuidados na manutenção tendem a contar com investimentos significativos, que eventualmente até podem superar a capacidade financeira das empresas. Mas essa expansão real da transmissão de energia elétrica no Brasil é fundamental para o desenvolvimento da economia do país.
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